Internamento para o Tratamento da Dependência das Drogas

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Na primeira fase do internamento para a dependência das drogas, o indivíduo, que pode encontrar-se ainda intoxicado e agir sob o efeito do que consumiu recentemente ou da medicação que ainda tem de tomar para facilitar o desmame das substâncias narcóticas que consumia, é completamente apoiado pelos restantes elementos do grupo e, pelo facto desta fase ser especialmente delicada para a continuação do seu processo, recebe total apoio, compreensão e dedicação por parte da equipa terapêutica.

O recém-chegado, agora paciente, não mais estará só, havendo sempre pessoas especialmente atentas às suas necessidades, mais ou menos percebidas pelo próprio. Esta é uma das principais vantagens do internamento para a dependência das drogas: mesmo que o próprio não saiba identificar a sua necessidade de obtenção de ajuda, há sempre alguém à sua volta que, tendo passado pelo mesmo processo, nota, repara, toma a iniciativa e aproxima-se para oferecer a sua ajuda, da mesma forma que a recebeu quando chegou.

Aos poucos, o paciente começa então a recuperar o seu entendimento e a perceber que não tem razões para se sentir diferente ou inferiorizado, pois à sua volta há quem já tenha passado pelo mesmo que ele está agora a passar e quem já se tenha sentido exatamente como ele se sente no momento. Esta identificação é o alicerce da futura relação de confiança, que lhe permitirá alcançar a liberdade.

Ao abandonar o consumo das substâncias alteradoras de que dependia e ao mudar de comportamento, o adicto alcança um estado a que se costuma chamar de “limpo”, mas que, no entanto, não é ainda suficiente para o manter em “recuperação”, isto é, num estado em que aos poucos readquira o seu pleno discernimento e se deixe conduzir pela voz da sua consciência e não pelos seus pensamentos obsessivos e “vontades de uso” incontroláveis, que no passado o dominavam.

No tratamento da dependência das drogas, aposta-se na promoção da autonomia, da autodisciplina e da responsabilidade, bem como na implementação de hábitos de higiene, de alimentação regrada, de rotinas de horários, sem que, porém, se incorra em qualquer invasão da intimidade dos pacientes. Estes são, por outro lado, incentivados a assumir um papel ativo no seu processo de tratamento, sem que lhes seja imposto um modelo rígido e inflexível a seguir.

Desta forma, pretende-se que o paciente se adapte a um tratamento com uma abordagem personalizada, que seja capaz de ter em conta as suas especificidades.

Cada um de nós é único e irrepetível e a exaltação das características exclusivas de cada um torná-lo-ão um ser singular e muito especial.

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