Christine ganhou uma nova vida

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Anónimo

Eu tenho uma amiga adicta, que graças a VillaRamadas, deixou de se auto-destruir. Sinceramente, desesperei muitas vezes e mesmo durante o tratamento, pois em algumas fases achei que ela não ia conseguir parar de estar obcecada com a comida e com a sua imagem. Desde a primária que éramos as melhores amigas. Ora brincávamos na casa de uma, ora na casa de outra. Qualquer coisa servia para nos entreter, mas na fase da adolescência as brincadeiras mudaram.

Com a alteração do corpo, começámos a preocupar-nos com a aparência e com os namoricos. Passávamos horas a fio em frente ao espelho a experimentar roupa e a fazer a melhor pose. Queríamos ser modelos a todo o custo, pois todo o glamour da moda nos fascinava. Fomos a alguns castings, mas a resposta era sempre a mesmo: precisam de emagrecer.

Eu achei que estava bem e decidi desistir da ideia, mas a minha amiga queria ser modelo a todo o custo. Os dias dela eram agora para fazer desporto até o corpo não aguentar mais e comer compulsivamente, para depois ir tudo pela sanita abaixo. De início ninguém desconfiava de nada, pensavam que a perda de peso se devia ao excesso de exercício físico, mas enganaram-se.

Ela isolou-se de tudo e de todos, até de mim, que era a sua confidente... Muitas foram as vezes que a vi desmaiar de fraqueza na escola, mas dizia que era sempre de cansaço. Um dia almocei com ela no refeitório e depois de uma boa pratada, reparei que ela foi para a casa de banho. Decidi segui-la sem que ela desse conta e vi o inevitável: a minha amiga forçava o vómito até à exaustão. Não me denunciei e fui falar com os pais dela, que depois de alguma hesitação aceitaram o que lhes dizia. Ela já pesava apenas 37 quilos.

Foi internada em Hospitais e Clínicas uma vez e não resultou, mais outra vez e nada... E foi assim, até que deu entrada em VillaRamadas. Começava uma longa batalha com a comida, mas ela depois de 9 meses venceu.

Já lhe contei que fui eu quem a denunciou, mas ela agarrou-se a mim a chorar e agradeceu-me o que fiz por ela. Por favor, se conhece alguém que está numa situação idêntica, não deixe avançar muito a doença. É uma batalha dura, mas que é possível ultrapassar.

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