Raiva na adolescência

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Anónimo

O meu filho quando se tornou adolescente ficou um rapaz agressivo, mas os seus comportamentos agravaram-se a partir dos 16 anos. Afastava-se de mim e para a mãe mal falava. Quando não estava fechado em casa no quarto, não fazíamos a mínima ideia por onde andava. Tanto eu como o meu marido estávamos em pânico constante. Não entendíamos tamanha agressividade e de onde vinha tanta raiva.

Em criança era um doce e toda a gente o adorava, uma mudança tão radical era estranha. Tentámos levá-lo a um psicólogo, mas não adiantou. Um dia agrediu um colega na escola. Foi a gota de água e para não vir a sofrer nenhuma pena, foi-lhe pedido para fazer um tratamento para aprender a lidar com a raiva. Vim a descobrir coisas que nem imaginava e que nem sei se queria ter descoberto. O meu filho tinha sofrido um episódio de violação por parte de um homem de idade que o abordou na rua e o deixou inconsciente. O meu filho vivia com este pesadelo e nunca tinha revelado nada a ninguém.

Foi um choque para mim e só queria fazer justiça, só que ele não se lembrava de nada sobre o indivíduo que o atacou. Fiquei com o coração muito pequeno. O meu menino vivia com isto e por vergonha nunca tinha falado.

Neste centro de tratamento ajudaram-no não só a ultrapassar este drama mas também a lidar com a raiva que acumulou. O meu menino voltou a ser aquela criança dócil de outros tempos, que há algum tempo andava perdido. A nossa relação ganhou novos contornos e só o ter visto sorrir, depois de tantos anos de sofrimento, foi a melhor prenda que alguma vez poderia ter pedido.

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