Amor vence vício

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Anónimo

Eu sou casado com uma viciada em compras.

A minha mulher sempre adorou fazer compras, fosse de que espécie fosse, o certo é que tinha sempre que chegar a casa com um saco, nem que fosse apenas com uma bijuteria. Quando a conheci apercebi-me desta situação, mas como não vivíamos juntos, não conseguia ter o controlo absoluto da situação.

Depois devários anos de namoro casámos. Foi tudo com pompa e circunstância, como manda a tradição. Ao vivermos juntos é que me comecei a aperceber que afinal ela tinha um problema incontrolável, pois tudo o que gostava comprava, sem olhar a preços e à disponibilidade financeira.

Tentei colocar um travão na situação e pensei que tinha conseguido. Raramente a via com sacos de compras e sempre que saíamos, ela controlava-se ao máximo. Sentia-me orgulhoso, porque via o esforço que ela fazia e até achei de valor a atitude dela.

Distraído como sou, não reparava se ela vestia roupa nova ou não, até porque com os horários de trabalho que tínhamos, poucas eram as horas que conseguíamos passar juntos. Andava eu encantado da vida, quando um dia de manhã me tocam à porta e qual o meu espanto quando me deparo com os Cobradores. Fiquei incrédulo com tal situação, pois a minha mulher já devia vários milhares de euros a algumas empresas de crédito.

Confrontei-a e ela, em choro, contou a verdade. Continuava a fazer compras, só que trazia-as para casa, quando sabia que eu não estava e para não levantar suspeitas pela enorme quantidade de roupa que tinha, mal estreava uma peça de roupa deitava fora. Como é que tudo isto me tinha passado ao lado? Só me apetecia acabar com o casamento.

Como é que ela me podia ter mentido de tal forma? Os pais intervieram e juntos decidimos que ela precisava de tratar o vício das compras. Depois de muita pesquisa na internet, demos com um centro e afinal esta doença era mais comum do que pensávamos.

Entrou em tratamento, sempre com muita força de vontade e numa das vindas a casa engravidou. Com isto ganhou mais ânimo e seguiu tudo à regra. No regresso à vida activa, conseguiu utilizar todas as ferramentas que lhe tinham sido dadas no tratamento. Já é ela que gere de novo o orçamento lá em casa, com um pouco de supervisão da minha parte, mas sempre sem conflitos.

A nossa filha nasceu e não deixa de ser uma dádiva do Poder Superior. Sempre que olho para a minha menina lembro-me que surgiu numa fase de mudança na nossa vida, mas uma mudança boa e que fortaleceu ainda mais os laços familiares.

Só por hoje, vamos ser os três felizes…

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