Internamento para o Transtorno Obsessivo-Compulsivo

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O internamento para a Perturbação Obsessivo-Compulsiva é a forma mais rápida de romper com os rituais estabelecidos.

Se o paciente frequentar sessões de psicoterapia ou reuniões de grupos de autoajuda, mas regressar a casa em seguida, o efeito terapêutico desses momentos poderá ser diluído no tempo.

No seu “habitat natural”, que é o seu espaço de conforto, ele terá maior tendência para executar os seus rituais sempre que lhe surjam desafios, contrariedades, angústias, vazios, confusões, indecisões e desconfortos de qualquer ordem.

Em situação de Perturbação Obsessivo-Compulsiva, o internamento funciona como uma espécie de “dieta” das compulsões que o paciente sente o ímpeto de efetuar, coadjuvada, todavia, por uma panóplia de trabalhos escritos e de leituras que lhe facultam a compreensão da sua adição e, por conseguinte, que lhe abrem novos horizontes, de conhecimento pessoal e de realidades saudáveis, onde a escolha é possível.

A interação com os outros membros do grupo no centro de tratamento, que pode no início representar uma dificuldade quase intransponível, revela-se como sendo muito construtiva no processo de superação da obsessão e o amor recebido da parte de todos opera, no íntimo do paciente, como uma espécie de “espanta-fantasmas”.

Efetivamente, a segurança decorrente do apoio irrestrito resultante deste amor incondicional, que é dado ao paciente de uma forma contínua e com acompanhamento constante, permite-lhe exorcizar os seus “fantasmas”, que mais não são do que convicções erradas e medos irracionais.

Ele terá sempre alguém por perto... Alguém a quem poderá recorrer, pedir opinião e ajuda.

Em acréscimo, todos os intervenientes, quer se trate dos profissionais especializados ou de colegas de tratamento, dispensam ao obsessivo-compulsivo uma atenção permanente, que não o deixa resvalar no seu esforço de recuperação.

Naturalmente que, como em qualquer outra adição, o processo não decorre em linha reta e de uma forma contínua até ao infinito, mas não é apenas a meta que conta; os eventuais percalços do caminho, a par de todas as ocasiões mais agradáveis, contribuem para o crescimento pessoal do indivíduo e ser-lhe-ão assaz úteis no seu futuro.

Um futuro que, certamente, estará repleto de oportunidades alinhadas com muitos obstáculos, em relação aos quais o paciente em internamento é preparado para lidar.

Se a vida não é um mar de rosas, também não tem de ser um mar de espinhos, e estes não retiram a beleza nem o aroma da flor!

À medida que o tempo vai passando, o paciente vai-se dando cada vez mais conta dos seus ganhos, primeiramente através dos seus colegas de tratamento – mais aptos para lhe reconhecerem as mudanças – e depois por si próprio, numa fase em que adquire verdadeira consciência de si e em que a sua autoestima é incrementada.

A vida ganha cores mais alegres, partilhadas com todos os que o rodeiam, porque agora o sujeito deixou de estar só e de se sentir uma “ave rara”, para passar a ter a liberdade de voar e de transmitir a outros seres humanos, em sofrimento, tudo o que lhe foi transmitido e experimentou no centro de tratamento.

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