Tratamento para a Recaída

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A compulsão, parte integrante das dependências, é a incapacidade de travar os comportamentos ditados pela obsessão.

Revela-se, então, importante que quem recai fique afastado do seu ambiente natural por um determinado período de tempo, precisamente por causa deste aspeto da doença, mediante o internamento num centro de tratamento.

No internamento para a recaída, o convívio em comunidade de iguais assume um papel bastante relevante no que toca a (re)considerar os outros como tão importantes na sua vida como nós na nossa.

Redimensiona-se o valor da vida e o que pode atentar contra ela, direta ou indiretamente.

Readquire-se o equilíbrio emocional.

Resgata-se a consciência de que “recuperação” não é um simples sinónimo de estar “limpo”, ou seja, “abstinente”.

Naturalmente, quem chega a um internamento para a recaída, emocionalmente arrasado e com total perda da própria identidade, não pode ambicionar lidar com todas as frentes da sua recaída em simultâneo, sob pena de dispersar recursos e de reduzir as hipóteses de sucesso.

Neste internamento, o paciente recolhe diversas ferramentas que o ajudarão nesta fase difícil e no futuro.

O seu processo começará pela estabilização (após desintoxicação, se for o caso), que consiste em voltar a ter o controlo dos seus pensamentos, sentimentos, memória, capacidade autocrítica e comportamentos.

O susto, a zanga, o desapontamento e a culpa de ter recaído fazem-no reconhecer que precisa de ajuda.

Com esta ajuda, o paciente vai desvendar o que esteve na origem da recaída, perpassando toda a sua história, bem como os sinais de aviso específicos dos quais deve ser capaz de dar exemplos concretos.

Estes sinais não são exatamente iguais para todos, mas indicam sempre um processo de recaída e são indícios de problemas (do íntimo do adicto ou de situações externas) e sintomas que podem levar à recaída.

A comunidade terapêutica é o espaço ideal para ensaiar várias alternativas de administração dos sinais de aviso, para praticar e reajustar as soluções até que se convertam num hábito.

Por exemplo, se houver necessidade de uma resposta para um nível de stress muito elevado, ela terá de ser exercitada quando o stress ainda for baixo.

É necessário compreender a recaída para a poder prevenir e lidar com ela.

O internamento para a recaída pode funcionar como um passo atrás para ganhar perspetiva, para ver que, com um pequeno impulso, é possível saltar para o outro lado do muro.

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